Conhecendo a Paulista

Ciao,

Sempre fico muito feliz quando recebo mensagens de meninas falando a respeito do auxílio do blog na vida delas. Cada palavra toca meu coração de um jeito extremamente sincero, que emociona muito e me motiva a buscar ajudar sempre mais.

Pensando nesses mensagens cheias de amor que recebo, pensei em retribuir do meu jeitinho: usando meu colete por cima da roupa, em um dos meu lugares preferidos da vida, a Av. Paulista. Isso aconteceu no feriado do dia 01/05, portanto a Paulista estava aberta para os pedestres!

Percebi que várias pessoas comentavam: “o que essa menina tá usando?”. Isso me deixava imensamente feliz, pois estava podendo mostrar uma realidade que é muito comum mas não tão discutida como deveria. Também, porque me senti muito à vontade, sem vergonha alguma, e o melhor: recebi muitos sorrisos e não percebi olhares de reprovação, apenas de curiosidade, o que é extremamente normal e compreensível.

Quem cria nossa realidade, o que queremos viver e experienciar somos nós mesmos. Crie a realidade que vá te fazer feliz, crie por você, para você, ame, seja grato e as bençãos virão instantaneamente {em qualquer área da sua vida}. Nesse dia, me senti assim, feliz, abençoada por poder ser e mostrar quem  eu realmente sou, sem ter medo ou vergonha, aceitando e agradecendo. Abençoada por poder compartilhar esse momento com vocês e talvez poder ajudar quem passa pela mesma situação ou por outra similar!

Seguem as fotinhos tiradas na Casa das Rosas!

 

Com amor,

Tete

 

 

Fernanda Pacífico

Ciao,

Mais uma lição de vida hoje!! A história da Nanda é um exemplo de como conviver e aceitar a escoliose de forma tranquila, sem estresse e sem complicações mas sim com muito amor e força de vontade!

“Descobri a escoliose com 13 anos quando minha tia me observou de biquíni e sugeriu a minha mãe um ortopedista. Foi detectado uma escoliose idiopática de 40 graus e que poderia usar colete para tentar manter a curvatura, porém o médico não me deu muitas esperanças sobre melhoras, pelo contrário disse que sem a cirurgia eu teria dificuldades de andar, respirar e teria muitas dores. Usei dois anos de colete (TLSO). Devido o meu crescimento meu grau aumentou para 50 graus, mas já atingi o crescimento ósseo e esse grau está estabilizado.
Passei por vários médicos que quiseram me operar, mas a cirurgia passou a não se tornar uma possibilidade e optei por vários tratamentos alternativos: natação, pilates, RPG, osteopatia, acupuntura, hidroterapia e fisioterapia. O grau da escoliose permanece o mesmo, porém minha postura foi totalmente modificada a ponto de não expressar esse desvio tão alto.
Hoje com 23 posso afirmar que vivo muito bem, sem dores, ando normalmente, respiro normal e faço de tudo, às vezes com alguma limitação, mas já tentei até me arriscar no surf, skt e slackline, e tenho uma vida normal (confesso que tenho vontade de voltar ao primeiro médico dizer tudo que faço hoje).
O maior conselho que posso dar é: usem o colete e procurem um tratamento alternativo especializado. Infelizmente não fui bem orientada na época do colete e não fiz tratamentos nessa época, mas já obtive resultados muito satisfatórios. Claro que existem pessoas que vão necessitar de fato da cirurgia… porém acredito que há muitos casos que é possível sim viver com a escoliose.
Minha decisão por optar em viver com escoliose foi reforçada quando um médico me disse que não operaria sua filha se ela estivesse a minha escoliose, mesmo ganhando dinheiro com isso. Saibam conviver com as dificuldades…
Conheci a Teresa do blog através do Instagram, ela com uma foto de vestido costas nuas e achei aquele ato corajoso e inspirador! Um exemplo! Através de conversas pude ouvir uma linda lição de superação e espero ser uma lição pra vocês também. Existem americanas com escoliose sendo musas fitness, mulheres com escoliose praticando yoga e tendo resultados ótimos. Busquem a inspiração de vocês, procurem sempre o melhor juntamente com um profissional especializado e tenham orgulho das suas curvas!”

D E M A I S! Nanda, você é um exemplo pra mim também! “Tenham orgulho das suas curvas”! Muuuito obrigada por compartilhar essa experiência linda!

Com amor,

Tete

Polliana Liebich

Ciao,

Muito, muito, muito feliz com esse menu novo do blog. Nele eu vou colocar a experiência de várixs guerreirxs da escoliose!! Se você que está lendo gostaria de compartilhar sua história aqui ou conhece alguém que poderia, mande um e-mail para teresavicinilodi@hotmail.com que eu farei um post com todo amor! Claro, que se preferir não ser identificado não terá problema algum, o que vale é a troca de experiências e a existência de um suporte cada vez maior para todxs que tem escoliose, para que saibam que não estão sozinhxs, e que a escoliose pode ser encarada com muita tranquilidade.

Para inaugurar, começo com a história {linda} da Polliana Liebich de Dourados – MS. Ela também faz o tratamento com a Dra. Patricia e está engajada para a existência de um projeto de lei de detecção precoce da escoliose, na sua cidade, inspirado no de Xanxerê.

É tão gratificante e lindo ver essa corrente de conscientização crescendo! E mais gratificante ainda é termos a oportunidade de conhecer a história da Polli, que é essa aqui:

“No meu caso, aos 10 anos de idade, estava ajudando minha mãe em casa e levei um tombo, senti dores na lombar e me levaram a um ortopedista, e com um Raio X veio o diagnóstico da escoliose idiopática (sem causa), comum em meninas adolescentes, que foi um achado médico, porque tombos não causam escoliose… o que ocorreu nesta época é que nem meus pais, nem os professores da escola conseguiam perceber o tanto que a minha coluna era torta, então pelo tombo tive a sorte de ser diagnosticada precocemente e procurar todos os tratamentos/acompanhamentos possíveis naquela época (meados de 1995).

Em resumo, as minhas curvas na adolescência estavam entre 20 e 30 graus Cobb (medida própria da escoliose), mesmo com acompanhamento médico e uso de colete ortopédico dos 13 aos 15 anos, em 2015, aos 30 anos de idade, cheguei aos 50 graus (uma evolução de 1 grau por ano, ao passar desses 20 anos), com indicação cirúrgica (colocação de hastes e pinos, e redução de mobilidade da coluna), mas por receio de uma cirurgia tão complexa como essa, e pela ajuda da Internet encontrei no Rio de Janeiro o Projeto Escoliose Brasil, que trouxe da Itália uma abordagem de tratamento conservadora por nome SEASS, que são exercícios científicos específicos na abordagem da escoliose, iniciei em outubro/2016, e com 06 meses deste tratamento já reduzi em 5 graus cada uma das curvas, saindo do risco cirúrgico e buscando diariamente mais qualidade de vida através dessa fisioterapia especializada.”

Lindo né! Com força de vontade e fé conseguimos ir sempre muito longe!!

Estou à espera da sua experiência!

Com amor,

Tete