Como andam minhas curvinhas?

Ciao,

Saudades gigantescas de escrever aqui! Dessa vez vim falar de algo que aconteceu comigo há um tempinho. Em Maio desse ano precisei retirar o apêndice, e por conta disso, fiquei três meses sem fazer os exercícios específicos pra escoliose, sem natação, sem tai chi e uma semana sem colete. Confesso que eu fiquei com bastante medo e um pouco insegura sobre como minha coluna reagiria com essa mudança. Graças à Deus, deu tudo certo, como sempre! Na consulta de reavaliação, em Agosto, com a Dra. Patricia, detectamos alguns pontos que deveriam ser trabalhados, o que é totalmente normal e esperado, visto que passei por uma cirurgia e fiquei tanto tempo sem atividade física. Porém, em um panorama geral, a avaliação foi super positiva! ❤️

Agora, sigo fazendo meus exercícios específicos e natação! Em relação ao colete, só estou usando para dormir (uma evolução e tanto porque o quanto eu era apegada nele não tem explicação 😂).

Disse tudo isso pra explicar o quanto ter tido uma disciplina de exercícios durante esses sete anos foi importante para meu corpo e para o tratamento da minha escoliose. Mesmo com alguns imprevistos, a coluna e o meu corpo preservaram todo o trabalho de conscientização física e mental que foi sendo desenvolvido nesses anos. Está tudo guardadinho e sempre estará, o trabalho, de agora em diante, é preservar e aprimorar cada vez mais esse condicionamento, por isso é tão importante levar a sério os exercícios específicos para sua curva e usar o colete 🤗

Espero ter ajudado!

Com amor,

Teresa

Natália Costa

Ciao,

A guerreira da escoliose de hoje é a maravilhosa Natália! Tenho certeza que a história e o modo de ela ver a vida vai ser uma inspiração e tanto pra esse início de semana! Fico sempre emocionada quando encontro pessoas tão incríveis, especiais e iluminadas quanto você Nati! Que exemplo, só tenho a agradecer por ter te conhecido pelo Instagram e por agora poder compartilhar a sua experiência com a escoliose aqui!

Segue o texto da Nati:

“Oi gente, meu nome é Natália, tenho 23 aninhos e sou portadora de escoliose congênita. Só foi possível ser notada a deficiência a partir dos 2 anos de idade, quando meu tórax começou a se aprofundar. Passei por diversos médicos, fiquei meses internada em hospitais e tudo isso prejudicou minha infância e estudos. Os médicos falavam que eu iria viver somente até os 12 anos. Foram vários dias difíceis, mas eu consegui suportar e assim me convencer que posso sim ter uma vida com uma curvinha, com um buraquinho entre meus seios, com uma coluna alta e com ombros inclinados.
Eu amo tirar fotos e mostrar para as pessoas como sou, e que não tenho vergonha alguma de ser eu mesma. Quem me conhece sabe que 99,9% da minha vida eu vivo com alegria e gratidão a vida, e assim fica tudo mais fácil.
Viemos para fazer a diferença nesse mundo tão igual.
Grata à Deus pela minha VIDA! 🌻”.

Linda, linda, linda! Obrigada mais uma vez e parabéns por ser essa pessoa tão especial e inspiradora! “Viemos para fazer a diferença”.. ❤️

Com amor,

Tete

Catia Pestana

Ciao,

O depoimento que trago hoje vem diretamente de Portugal, de uma guerreira super mega alto astral que foi querida demais me mandando algumas fotos e escrevendo essas palavras de incentivo para todos nós que vivemos com essas curvinhas ou com cicatriz!

“Antes de mais, parabéns a todos nós guerreiros. A minha escoliose surgiu quando eu tinha 15 anos. Actualmente tenho 39 anos. Ao início foi muito difícil aceitar a curva (fase de adolescência, ser diferente, não saber o que vestir e vergonha de andar na rua e que as pessoas reparassem no meu problema. Contudo, tive sempre a minha família me apoiando. Nunca fiz cirurgia, porque moro numa Ilha (Ilha da Madeira que pertence a Portugal), onde na altura, a minha escoliose era uma incógnita para os médicos). Não tive possibilidade financeira de sair da Ilha para procurar conselhos de especialistas peritos na área. A idade foi avançando e aprendi a gostar de mim e da minha curva. De vez em quando vou abaixo, mas ultrapasso esse momento menos bom, me lembrando sempre que existe sempre alguém pior que eu (lutando pela vida e a morte; pessoas que já tiveram visão e a perderam; pessoas sem membros; pessoas paraplégicas; pessoas lutando por doenças). E um bem haja a estas pessoas! Levanto-me a aplaudo as mesmas por enfrentarem problemas sérios de saúde e às que infelizmente por diversas circunstâncias deixaram de poder andar, ver, etc…! Parabéns a todos os guerreiros portadores de escoliose e não só!
Não sabia que fotos escolher, escolhi várias… fotos entre amigas(os), sozinha, do meu raiox, do meu melhor amigo e namorado (a pessoa que me aceita como sou e me apoia em todos os momentos e cuida de mim sempre), a foto com o meu cão que infelizmente faleceu com 1 ano de vida e faz-me imensa falta, enfim…. fotos que fazem gostar de mim. Fotos que podem servir de apoio às adolescentes que passam pelo o que eu já passei. Que lhes sirva de exemplo que não devemos esconder as nossas curvas e não nos descuidarmos do nosso visual. Com 39 anos, sinto-me linda. E gostava que todas as meninas se sentissem assim. Que não esperassem tantos anos como eu esperei, para perceberem que são lindas. Um grande beijo de alma e coração a todos Vós! ❤💙 ”.

Catia querida! És uma inspiração de positividade para todos nós! Obrigada do fundo do meu coração pelo depoimento!

Com amor,

Tete

Mirian Vidal

Ciao,

Preparadxs pra mais uma lição de vida? A Mirian postou esse texto e essa foto no seu Facebook, e eu não pude deixar de pedir para compartilhar aqui também 💜

Mirian, o que escreveu é de uma mulher extremamente forte, madura, determinada e cheia de alegria e amor como você! Só posso te agradecer pelo belo exemplo e pelo ensinamento incrível!

A Mirian participou do vídeo que organizei em Junho do ano passado. Lá ela conta que descobriu a escoliose com 13 anos sendo ela consequência de uma displasia epifisária. Tem 120º de curvatura torácica e 80º de curvatura cervical. Segundo ela, sua cifoescoliose não pode ser corrigida com cirurgia, portanto, faz um tratamento paliativo.

Converso com várias meninas que tem escoliose, e muitas delas tem vergonha do seu corpo, das suas costas.. essa aceitação leva tempo, assim como a Mirian mesma falou no texto abaixo! Acredito que o primeiro passo sempre é agradecer, mesmo com todas as dificuldades envolvidas, a escoliose não deve ser olhada como um fardo, ela deve e precisa ser olhada como uma benção 💜

Segue o texto da guerreira de hoje para inspirar e ajudar todxs vocês 😍:

“A estimativa é 1 entre 100 à 150 mil pessoas que possuem o mesmo problema que eu tenho. Por conta disso, eu sempre tive vergonha do meu corpo, cogitar ir para a praia? Impossível! Usar biquíni? Jamaais! Tirar foto então? Nuncaa! Que as outras pessoas olhassem? Deus me dibre! Foram tantas lágrimas que eu parecia um mar, mas o que me ensinaram é que eu sou 1 no meio de 150 mil e isso não deve ser algo vergonhoso, meu corpo é muitoo diferente de todos os outros, mas de forma diferente ele faz praticamente tudo que qualquer outro corpo faz e com condições bem piores e um espaço muito mais limitado, com isso aprendi a ter orgulho do meu corpo. Foi muito, muito, muito difícil chegar nesse nível, mas eu comecei devagar, a acreditar no que meus amigos me falavam, a não me xingar, a me olhar no espelho e dizer: você é bonita sim, você é maravilhosa! Dizer tantas vezes, tantos dias, por tanto tempo, até acreditar. Eu sou cheia de remendas, como uma boneca de retalhos fui costurada de várias formas e sempre tive vergonha disso, passei uma vida odiando praias por inúmeros motivos. Perdi tantos momentos bonitos! Gratidão me define, porque com a ajuda de tantas pessoas consegui dar um significado para a palavra beleza.
Beleza para mim é quando descobrimos que os remendos devem ser motivo de orgulho e não de vergonha, beleza é quando você acredita no que te transborda, beleza é quando você se sente bem dentro do corpo que tem… Mais do que isso, aprendi que beleza é quando você se sente tão leve, tão simples, tão bem, que acredita ser do tamanho das nuvens e deseja alcançar o céu. Fico pensando que as nuvens nunca deixam de ser o que são, nunca perdem sua beleza, mesmo a gente apontando o dedo e dizendo que elas parecem algo que definitivamente não são, as nuvens continuam no seu espaço a ocuparem o céu. Por isso, tirem os pés do chão e acreditem na beleza que vocês tem, exercitem todos os dias até acreditarem, diga todos os dias que você é exclusiva no meio de milhares e que apenas você pode dizer o que de fato é belo. Há tanta beleza no mundo, a gente pode escolher o que admirar, então comece por você”.

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E aí?! Comece por VOCÊ 💜

Com amor,

Tete

Taís Sabino

Ciao,

Hoje eu estou aqui, escrevendo esse post, com os olhos cheios de lágrimas, e muito emocionada. Tenho certeza que esse depoimento vai te emocionar também. A única coisa que tenho a dizer é que, Tais, você é gigante, você é luz, você é especial demais, você é pura inspiração. Nunca vou cansar de te dizer isso!

Se você que está lendo esse post, precisa de algum incentivo para seguir adiante, para sair de uma fase ruim, para se aceitar, aceitar seu corpo, aceitar seu jeito, essas palavras são uma ajuda e tanto:

“Olá, me chamo Taís Sabino. Tenho 20 anos e sou Portadora de Escoliose Congênita.
Bom, na gestação da minha mãe, foi detectado um desvio em minha coluna. Desde então, minha mãe começou a ser acompanhada e o tratamento passou a ser totalmente diferente das suas outras duas primeiras. Minha mãe teve que praticamente renunciar sua vida ao meu nascimento, passou a se dedicar totalmente a mim! Pois ao nascer, após 1 ano, fiz uma cirurgia referente ao despregamento do meu rosto, que era colado ao meu ombro. Passei por uma reconstrução de face, do meu lado esquerdo. Até aí, tudo ótimo! E os tratamentos da Escoliose novamente começaram. E logo então, o Dr. Chegou com minha mãe e lhe entregou uma grande RESPONSABILIDADE, dizendo à ela: Mãe, sua filha hojeeee, corre um grande risco de ser operada (da escoliose) e não voltar a andar. O que você decide?! Operamos ela? E ela corre esse risco, e se caso for realmente e chegue a acontecer, ela viva e passe o resto da vida dela em uma cadeira de rodas!!!? Ou deixamos ela da maneira (jeito) que esta? E ela vive pra sempre sendo portadora de Escoliose?!
Minha mãe naquele momento sendo muita sábia, falou ao Dr: Dr, prefiro eu depender sempre da minha filha, do que ela viver dependendo de mim, ou da boa vontade dos outros. Hoje agradeço muito à Deus, pela sábia decisão que minha mãe tomou. E desde 2014, estou na espera através do SUS, juntamente com o TFD (tratamento fora de domicílio) onde estou em uma fila, aguardando para ser operada (realização no Instituto INTO-Rio de Janeiro). E se chegar minha vez, claro que ficarei muito feliz. Mergulharei de cabeça (aliás, já são 4 anos de espera). Porém digo que agora em Janeiro, completarei 21 anos de muita superação, conquistas, história de amor e muitas bênçãos a contar. Frisando sempre minha GRATIDÃO à Deus! Pois somente Ele para me dar essa leveza, de encarar a vida da maneira que encaro. Tendo que me adaptar aos olhares indiferentes. À aprender muito com pessoas preconceituosas e de mente podre! Digo que tudo que passei (passo) me faz mais forte, me faz ver muito longe. Me faz saber que sou capaz, basta eu enxergar além do que posso ver 😍 Hoje sou extremamente FELIZ ❤ libero felicidade onde passo. (Já suportei muito preconceito) Ninguém precisa saber o que você passa por trás de um grande sorriso. Só libere alegria 🎉 Seja quem você é. Ser portadora de Escoliose não te faz menor que NINGUÉM. Ame-se … 😍😍😍😍😍😍
Aceite-se, lembre-se. A aceitação deve partir de você. Não se prive de viver!!! Aceitar o que não pode ser mudado, é viver o MELHOR DA VIDA 😍
Eu, Taís Sabino. Me recuso a afundar … ⚓❤
Sou portadora de Escoliose Congênita, siiiiiiim!!!!!! Sou literealmte apaixonada por mim ❤❤❤❤❤”.

AH MEU CORAÇÃO TAIS!! ❤

RECUSE-SE A AFUNDAR TAMBÉM, qualquer que seja a situação pela qual está passando!

Com amor,

Tete

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Larissa Oliveira

Ciao,

Hoje vou repostar uma foto e sua respectiva legenda postada pela Lari no seu Instagram. Ao ler essas palavras, não tive como não me emocionar e ao mesmo tempo ficar feliz. Feliz, porque é mais uma menina que vem enfrentando a escoliose da maneira mais linda e exemplar possível. Pra mim o que fica das palavras da Lari é: NUNCA DEIXE QUE OS OUTROS TE LIMITEM, TE DIMINUAM E TE DEIXEM TRISTE COM ATITUTES E PALAVRAS MÁS. Seja seguro de si, da sua luta, dos seus sonhos, ame a pessoa que você está se tornando a cada dia, ACEITE, SE ACEITE. Seguem as palavras da Larissa:

“Estou num processo longo e lento de aceitar meu corpo, mas hoje me deu vontade de assumir minhas curvas publicamente e aqui vou eu.
Ninguém disse que seria fácil viver com escoliose, também não me disseram que além de tolerar as dores teria que tolerar o bullying. Ouvir do médico que escoliose não tem cura é péssimo, mas ouvir dele que a cirurgia é a única maneira de corrigir a curvatura é mais assustador, sobre vc pensar que terá hastes e parafusos de titanium e uma certa limitação nos movimentos não é fácil. A escoliose é apenas uma luta diária de vários jovens, maioria mulheres e adolescentes. Nós costumamos ouvir comentários e cochichos de quem muitas vezes não tem conhecimento e não sabe o pq vc é “tortinha” ou de quem acha que sua dor na coluna é bobagem, e que não sabe que vc sente incômodo quando faz tarefas domésticas ou não aguenta pegar peso. É complicado quando até os profissionais que estudam a escoliose te olham com uma cara de espanto e dizem “caramba a coluna dela é um S”, às vezes a gente cansa de contar a história e de responder qual a causa da sua escoliose. É relativo cada caso é um caso. E não eu não carreguei muito peso quando criança, e também não cai e também não nasci assim. Essa curva é a marca da batalha diária que eu enfrento comigo mesma de me aceitar, de vestir um biquíni tranquilamente ou uma roupa justa. Com certeza não é fácil mas pra eu ter a coragem de postar esse desabafo e essa foto já vejo como um grande avanço. E hj eu só quero agradecer por apesar da escoliose eu ter uma saúde boa, uma família legal e a psicóloga por estar me ajudando tanto nesse processo de aceitação. Aprendi que aceitar os fatos é melhor do que lutar contra eles e as curvas são apenas lições!”.

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Não precisa falar mais nada né?! Larissa, obrigada do fundo do coração por permitir compartilhar sua história aqui, você é uma vencedora 💜

Com amor,

Tete

Helena Herdy

Ciao,

Preparados pra mais uma história exemplar de superação, aceitação e amor? A Helena escreveu com todo o carinho como foi/é a história dela com escoliose! Helena, já sou sua fã. Parabéns pelo exemplo e obrigada do fundo do coração por compartilhar essa trajetória. Com certeza ajudará muita gente ❤

“Me chamo Helena, tenho 14 anos
Em 2014 tive Púrpura de henoch shcolein e, na minha recuperação fiz uma ressonância e nela o técnico me disse que eu tinha um pequeno desvio na coluna.
O tempo passou, e, envolvida com o acompanhamento, Minha escoliose ia piorando. Em 2016 comecei a perceber que minha cintura estava assimétrica e sentir algumas dores na coluna. Procurei o médico, fiz um exame e foram constatados 18 graus. O médico disse que eu voltaria depois de um tempo e se tivesse com 21 ou 22 graus, usaria colete. O tempo passou e quando voltei estava com 35, porém ele disse que não havia mais nada a se fazer. Inconformadas, eu e minha mãe procuramos outro médico, esse me encaminhou para uma especialista em escoliose, que disse que eu deveria colocar o colete com urgência. Ela achou melhor eu usar o colete de milwaukee, que corrige cifose e escoliose, pois estava com alguns graus de cifose também. Mais tarde passarei para o colete apenas para corrigir escoliose. Usar colete não é fácil, devo admitir, no começo o colete incomoda demais, pra dormir é muito desconfortável. Tive que aceitar que as pessoas me olhariam diferente na rua, que eu não poderia fazer mais a coisa que eu mais gostava (dançar) , que eu teria que lidar com as pessoas me perguntando o tempo todo porque eu uso ” esse negócio no meu pescoço” , que as pessoas me definiriam como ” aquela menina que usa um negócio no pescoço” ou algo parecido, além de lidar com zoações de “amigos”. Na verdade, as vezes as pessoas julgam as outras sem saber exatamente pelo que elas passam. Nós devemos apenas aceitar e entender que o colete é a solução e não o problema.
Tudo tem um lado bom. Com o colete aprendi coisas que jamais imaginaria.
As vezes perco minha esperança e acho que não vai adiantar e nem melhorar, mas lembro que existem guerreixs que precisam ir diretamente pra cirurgia, enquanto eu tenho a oportunidade de usar colete. Agradeço muito a Deus por isso. Também agradeço por ter minha família, amigos e médicos me apoiando.
Hoje faço 1 mês com meu companheiro. Ter escoliose é um baita desafio que devemos encarar com muita paciência ( por mais difícil que seja).
É muito fácil nos entregarmos e ficarmos tristes e inconformados, basta escolhermos o modo mais difícil: nos levantarmos e erguermos a cabeça (no meu caso, literalmente! Hahah). Que todo nós guerreixs passamos nos ajudar e ter muita fé! Vai dar tudo certo”.

Fofa demais né?!

A escoliose entra na nossa vida pra nos ajudar a ver muitas coisas, uma delas é mostrar os verdadeiros amigos, as pessoas que SEMPRE nos apoiarão! Espero que a história da Helena tenha te inspirado tanto quanto me inspirou!

Com amor,

Tete

Livro “A menina da coluna torta”

Ciao,
Hoje vou falar sobre um livro que foi muito importante na minha trajetória e definiu parte dela. Logo quando descobrimos minha escoliose, meu pai começou a procurar e pesquisar na internet sobre o assunto, e foi quando ele encontrou o livro da Julia Barroso. Lembro que ele leu em uma tarde de tanto que ele gostou e se emocionou. Foi através desse livro que descobrimos o Instituto Projeto Escoliose Brasil, local onde eu faço meu tratamento e é de suma importância para minha escoliose. Na época foi, para mim, um amparo, como se eu não me sentisse sozinha e soubesse que era possível enfrentar tudo que viria pela frente, mesmo que essa trajetória parecesse meia incerta e confusa na época.
Viu como um livro e a leitura nos ajudam em muitos aspectos?! ❤
Retirei do site do livro um resumo feito pela autora:

“O livro “A menina da coluna torta” é uma história real. A minha história. Nele conto a experiência que tive com um grave desvio de coluna (escoliose) na adolescência, o uso do colete de Milwaukee e a operação. Além disso, falo das minhas viagens, paqueras, relação com os pais, abortos e outras coisas mais! É o relato sobre minhas dificuldades e superações. Com ele espero ajudar pessoas que atualmente se encontram na mesma situação que um dia estive e conquistar aqueles que querem apenas ler sobre uma história de vida. O livro conta ainda com depoimentos de pessoas que têm o mesmo problema e citações de profissionais da área sobre o assunto. Contamos ainda com dicas de moda da Patricia Veiga para quem precisa usar o colete ortopédico. Espero que gostem!” (http://www.juliabarroso.com.br/p/o-livro.html)

No próprio site há um link que direciona aos lugares de venda do livro. Vou deixá-lo aqui também: http://www.juliabarroso.com.br/p/basta-clicar-no-icone-da-livraria.html 
Só me resta agradecer à Julia por ter compartilhado a sua história de extrema superação e força e ao meu pai, que no meio daquela situação totalmente nova e desafiadora encontrou algo como esse livro para orientar o caminho do meu tratamento.
Se somos pessoas de bem, o bem vem até nós, nunca esqueçam disso.
(Fonte: http://www.juliabarroso.com.br/p/o-livro.html)
Com amor,
Tete

Débora Santos

Ciao,

O depoimento desse post é para ter como exemplo sempre! Tão lindo ver uma atitude de coragem como essa da Debora e mais lindo ainda o fato de ela ter compartilhado essa experiência incrível e essa perspesctiva tão madura a respeito da escoliose. Você é incrível Débora! Segue o texto que ela postou em um grupo do Facebook e autorizou o compartilhamento aqui também:

“Sim! Fui com esse vestido no casamento do meu irmão
Sim! Fui madrinha e fiquei próxima aos noivos na frente de 300 pessoas
Sim!!! Tenho escoliose!!! 55° na torácica e 37° na lombar
Resolvi escrever devido a alguns depoimentos de baixa auto estima que já me deparei aqui e mães desesperadas, talvez ajude alguém. Nós, portadores, sabemos como é difícil aceitar algo que não sabemos de onde veio, não existe cura e nos deforma. Ainda temos que lidar com muitas informações erradas a respeito e sentimento de pena. E a pergunta mais discreta e mais comum que ouvimos é: Você sente dor ? E nessa hora penso será que sou tão torta a ponto de alguém preocupar com minha dor? Torta é uma palavra que não sabia lidar, não queria ouvir e ficava muito triste quando ouvia ou até quando eu pensava. Também não olhava para radiografia. Convivo com minha escoliose há 16 anos e grande parte desse tempo não aceitava bem, a minha solução foi esquecer, por muito tempo, apesar do grau elevado, nunca sentir dor então foi mais fácil esquecer, mas não é a melhor maneira de lidar. Hoje, lembro todos os dias e aceito minha condição. Hoje, não tenho vergonha de falar, não escondo e a palavra torta não me assusta mais. Afinal, ficar triste, com baixo auto estima, se esconder não vai curar minha escoliose. Nossa felicidade não pode se resumir a isso. Sei que na adolescência é mais difícil aceitar. Descobri a minha com 13 anos e já estava passando por muitas mudanças, mas sobrevivi a essa fase e Mães, pelo amor de Deus, não piore mais a situação. Não saem espalhando a notícia de que seu filho ou sua filha tem escoliose para a cidade inteira. Não fique dizendo para ele o quanto está preocupada. Foi minha mãe que avisou para meu namorado que tenho escoliose, não que ele não havia reparado, mas eu ainda não estava a vontade para contar. Fora todos da família e pessoas desconhecidas que ela contava. Sala de espera do ortopedista, era como dar doce para criança. Por isso Mães, sei como é difícil também para vocês. Mas deixem que seu filho ou filha diga que tem escoliose para quem e quando ele quiser contar. Quanto ao tratamento, vou relatar a MINHA experiência nesses 16 anos, lembrando que não sou médica. Também pode ajudar, afinal tive muita informação errada por parte dos médicos. Fisioterapia comum não resolve, RPG é excelente para postura mas não para a escoliose, não tem que esperar para ver se aumenta a escoliose ou não para definir um tratamento, o Grau da escoliose continua SIM aumentando mesmo quando paramos de crescer (pesquisas relatam até 1° grau cobb por ano), no meu caso descobri quando tinha 22° na toracica hoje tenho 55° e cirurgia não é a única solução. Quanto a cirurgia, segundo os médicos e a litetatura científica, quem tem acima de 50° precisa de cirurgia para correção, pois o Grau continua aumento e pode comprometer orgãos. Mas isso é só um número, cada caso é diferente. Eu não possuo comprometimento pulmonar nem dor, mas para o neurocirurgião e para 2 ortopedistas eu não tinha escolha a não ser cirurgia. Ainda precisava decidir logo pois já tenho 29 anos e quanto antes melhor. Eles estavam esperando somente meu ok, o plano iria aprovar, mas eu não queria me prender a 2 haste e 20 e poucos parafusos. Não sou contra cirurgia. Ainda bem que temos esse recurso e espero que a medicina continue evoluindo para que a cirurgia possa ser mais tranquila e segura. Acredito que deve ser o último recurso. Mas vejo uma certa banalização, muitos médicos indicando e até quem não precisa querendo fazer. Só que colocar duas haste de titânio não trata a escoliose, só segura para a coluna não continuar entortanto e melhora a estética porque fixa a haste para que fique mais alinhada possível, mas ela ainda está aí com você. Atualmente, estou em um tratamento de fisioterapia especializada em escoliose, o SEAS, estou a 5 meses e o objetivo é colocar a minha no eixo para compensar e não progredir. Mas prefiro relatar esse tratamento quando tiver mais dados. Enfim, escolha um tratamento efetivo que faça você se sentir bem e não fique só com opinião de médico, corra atrás e busque informação. Nós, portadores, temos que ser os nossos melhores especialistas. Temos o dever de conscientizar e trabalhar para um diagnóstico precoce. E não deixe que a escoliose te enfraqueça, faça com que ela te fortaleça!!! Senti vontade de escrever, talvez tenha alguém que precise ler.”

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Incrível né?!

Que possa te inspirar tanto quanto me inspirou!

Com amor,

Tete

Fernanda Pacífico

Ciao,

Mais uma lição de vida hoje!! A história da Nanda é um exemplo de como conviver e aceitar a escoliose de forma tranquila, sem estresse e sem complicações mas sim com muito amor e força de vontade!

“Descobri a escoliose com 13 anos quando minha tia me observou de biquíni e sugeriu a minha mãe um ortopedista. Foi detectado uma escoliose idiopática de 40 graus e que poderia usar colete para tentar manter a curvatura, porém o médico não me deu muitas esperanças sobre melhoras, pelo contrário disse que sem a cirurgia eu teria dificuldades de andar, respirar e teria muitas dores. Usei dois anos de colete (TLSO). Devido o meu crescimento meu grau aumentou para 50 graus, mas já atingi o crescimento ósseo e esse grau está estabilizado.
Passei por vários médicos que quiseram me operar, mas a cirurgia passou a não se tornar uma possibilidade e optei por vários tratamentos alternativos: natação, pilates, RPG, osteopatia, acupuntura, hidroterapia e fisioterapia. O grau da escoliose permanece o mesmo, porém minha postura foi totalmente modificada a ponto de não expressar esse desvio tão alto.
Hoje com 23 posso afirmar que vivo muito bem, sem dores, ando normalmente, respiro normal e faço de tudo, às vezes com alguma limitação, mas já tentei até me arriscar no surf, skt e slackline, e tenho uma vida normal (confesso que tenho vontade de voltar ao primeiro médico dizer tudo que faço hoje).
O maior conselho que posso dar é: usem o colete e procurem um tratamento alternativo especializado. Infelizmente não fui bem orientada na época do colete e não fiz tratamentos nessa época, mas já obtive resultados muito satisfatórios. Claro que existem pessoas que vão necessitar de fato da cirurgia… porém acredito que há muitos casos que é possível sim viver com a escoliose.
Minha decisão por optar em viver com escoliose foi reforçada quando um médico me disse que não operaria sua filha se ela estivesse a minha escoliose, mesmo ganhando dinheiro com isso. Saibam conviver com as dificuldades…
Conheci a Teresa do blog através do Instagram, ela com uma foto de vestido costas nuas e achei aquele ato corajoso e inspirador! Um exemplo! Através de conversas pude ouvir uma linda lição de superação e espero ser uma lição pra vocês também. Existem americanas com escoliose sendo musas fitness, mulheres com escoliose praticando yoga e tendo resultados ótimos. Busquem a inspiração de vocês, procurem sempre o melhor juntamente com um profissional especializado e tenham orgulho das suas curvas!”

D E M A I S! Nanda, você é um exemplo pra mim também! “Tenham orgulho das suas curvas”! Muuuito obrigada por compartilhar essa experiência linda!

Com amor,

Tete

Heloísa Skrebsky Clerici

Ciao,

Muito feliz que tenho uma nova história para mostrar à vocês, hoje de uma perspectiva a qual nunca tinha falado aqui! Diferentes experiências, diferentes pontos de vista.. isso que torna tudo mais lindo!

A história de hoje é da linda Heloísa, e a forma como eu a conheci me provou mais uma vez que não existem coincidências: estava na praia com minha família, e reparei que ao lado havia uma menina com uma cicatriz nas costas {por ter escoliose peguei a mania de olhar as costas de todo mundo hahah}. Meio sem jeito fui conversar com ela, que me contou tudo. Quando recebi sua mensagem essa semana, e li o texto que ela escreveu, um filme me passou pela cabeça: quando a conheci o blog era apenas um plano e eu estava fazendo o curso a distância de Fashion Blogging da Belas Artes. Hoje, escrevendo a experiência da Heloísa, tive a certeza de que todas as pessoas que passam pelo nosso caminho, nem que apenas com uma conversa, ficam marcadas e fazem a diferença na nossa vida, e essa situação é a prova disso.. Nada é por acaso, se eu não tivesse ido à praia aquele dia por exemplo, esse post nem existiria.

Bom, vamos à história {de muita coragem}:

“Meu caso foi descoberto quando eu tinha 12 anos de idade. Estava na Praia com minha família, e uma senhora (desconhecida) perguntou qual era o problema de coluna que eu possuía. Minha mãe (médica) chocou-se com a pergunta, e pediu para eu caminhar em direção ao mar. Ali foi o impacto, pois eu estava completamente desnivelada, e ninguém próximo havia notado. No retorno à minha cidade -São Pedro do sul- imediatamente fiz radiografias da coluna, e ali estavam 45°…. escoliose idiopática. Recorremos a um especialista de Porto Alegre, o qual aconselhou para que fizesse a cirurgia, deu 1 mês de intervalo até o grande dia. Nesse meio tempo eu já estava acostumada com a ideia, comecei a pesquisar sobre a tal cirurgia, e fiquei fascinada pela exuberante “obra de arte” (confesso o nervosismo, mas disse uma frase que nunca esquecerei: “Se eu tiver que fazer a cirurgia, e for para o meu bem, não tenho dúvidas que será o melhor”). No mês seguinte, fui à capital para baixar hospital, lá fiz outras radiografias e já havia aumentado 6° de curvatura. No dia 29/02/2012 fui operada, a cirurgia teve duração de aproximadamente 5 horas, possuo 20 pinos e 2 hastes, precisei fazer transfusão de sangue, mas tudo ocorreu perfeitamente bem. Hoje, aos meus 19 anos, levo uma vida super normal (claro, que com alguns cuidados) mas é algo que não me arrependo nem um pouco. Foi um sufoco que valeu a pena ter passado, pois nunca tive problemas na recuperação nem na minha vida.”

Muito obrigada por compartilhar, Heloísa ❤

Com amor,

Tete!