Pedro Quereza

Ciao,

Hoje a postagem é mais do que especial, porque pela primeira vez no blog trago a história de um menino com escoliose, de um guerreiro que é um exemplo e uma inspiração para todos nós. Tive contato com a mãe do Pedro, através do facebook, que mandou a história dele para postar aqui no blog:

“Meu nome é Larissa Andrade Quereza, tenho 33 anos, nasci e moro em Avaré, onde sou proprietária da Casa Boutique, casada, há 10 anos, com Elifio Quereza e mãe de Pedro e Gustavo, de 10 anos, e Matheus, de 7 anos.

Pedro nasceu com uma deformidade congênita na coluna chamada escoliose.

A escoliose congênita decorre de um problema com a formação dos ossos da coluna vertebral (vértebras) ou de um problema de fusão dos ossos da coluna, podendo ou não estar associado a fusão de costelas durante o desenvolvimento do feto ou do recém-nascido.

A gravidez do Pedro e do Gustavo foi tranquila, embora tenham nascidos pré-maturos, como a maioria dos gêmeos. Durante a gestação o médico chegou a desconfiar que um deles pudesse ter síndrome de Down (possibilidade que foi descartada depois da realização de um exame), mas, hoje achamos que já era a má formação da coluna dele que o médico desconfiou.

Quando o Pedro e o Gustavo tinham cerca de seis meses começaram a sentar, ficar em pé e eu percebia que o Pedro ficava torto, então, comecei a desconfiar. Levei em uma pediatra que disse que devia ser a posição que ele ficou na barriga e recomendou que fizesse sessões de fisioterapia. Mesmo assim, o levei em um ortopedista, que viu que era escoliose, mas ele me assustou muito e disse que não tinha o que fazer, que meu filho iria ser torto o resto da vida. Sai do consultório dele completamente desesperada e chorando muito.

Comecei a leva-lo Unesp de Botucatu, só que lá cada hora passava por um médico, um falava que era cirúrgico, outro não, que ele só precisaria usar um colete.

Um dia, eu estava à toa na internet e escrevi, no Facebook, escoliose, apareceu um grupo chamado “Mães da escoliose”. Eu nunca tinha ouvido falar, sequer sabia que exista outras crianças e mães que enfrentavam o mesmo problema! E através deste grupo conheci a Associação de Assistência à Criança com Deficiente (AACD).

Eu até conhecia a AACD, mas achava que eles só trabalhavam com casos mais sérios e que só atendia pelo SUS, e neste grupo descobri que não! A AACD atende convênio médico e particular também. Então, marquei uma consulta para o Pedro.

Na AACD fui orientada a respeito da cirurgia que ela precisava e também todo o procedimento necessário para isto, como convênio médico. Já que esta operação custaria, no mínimo, R$ 200 mil.

Em abril deste ano, ele foi operado na AACD. A princípio, o Pedro tinha duas opões cirúrgicas. Uma, em que ele colocaria duas hastes e alinharia a coluna, porém, a cada seis meses ele precisaria passar por uma cirurgia de novo, para alinhar estas hastes ao crescimento dele. Mas, não precisou. Como o problema maior dele é na lombar, os médicos optaram por outra cirurgia e ele só fará outras depois dos 18 anos.

Mesmo assim, Pedro ficou 40 dias internado na AACD, após esta cirurgia. Nos pós-cirúrgico ele contraiu uma infecção chamada osteomelite.

Nestes 40 dias internado, fomos apenas ele e eu, e o Pedro nunca se queixou, nunca questionou o motivo de estar passando por tudo isso. Acho que, na verdade, é ele quem dá força a família.

Meu marido e eu sempre aceitamos o problema, mas, é claro que tínhamos muito medo das consequências. Os irmãos e os amigos também levam tudo em uma boa. Algumas pessoas, no entanto, perguntam, principalmente o fato dele ser gêmeos e ser bem menor que o Gustavo, mas sempre ensinei ele a lidar com isso dizendo que acontece porque não são idênticos, são de placentas diferentes.

O problema de serem gêmeos é exatamente a comparação das pessoas que não convivem. Quem convive, aceita e nem sequer pergunta para o Pedro sobre a diferença com o irmão.

Oito meses após a cirurgia, a vida do Pedro começa a voltar ao normal, o único cuidado que ele deve ter é com relação a quedas. No período de um ano, ele não pode cair, por causa da cicatrização da cirurgia. Mesmo assim, já pode até mesmo jogar bola.

O Pedro veio para me mostrar o quanto Deus é maravilhoso. Se ele não tivesse escoliose, eu não teria buscado tanto a Ele.

Nestes 40 dias, que ficou internado, fomos só ele e eu, e todos os dias o Pedro orava e agradecia o milagre.

Usar o colete não é fácil para ele, incomoda, e ele tem que ficar com isso 23 horas por dia, mesmo assim, até isso, trouxe coisas boas para a vida do Pedro. Meu filho é apaixonado pelo Corinthians e quando estava internado, ele pedia muito um autografo do Jadson, jogador do clube, mas eu não sabia como conseguir isso. Em Avaré, através do empresário Jota Cruz, o Pedro não só conseguiu o autografo no colete, como conheceu pessoalmente o Jadson e ainda entrou em campo com ele.

Eu sei que isso é só o começo. O futuro dele vai ser conseguir tudo o que ele sonha!

Para tudo Deus tem um propósito, mesmo a gente não entendendo. Acredito muito que tudo o que minha família passa com o Pedro tem um proposito maior, que é nos aproximar de Deus!”.

Pedro é muito lindo e eu já estou encantada e querendo muito conhecê-lo! AMEI DEMAIS ESSAS FOTOS NA PRAIA, precisamos ir juntos um dia! Com toda certeza vai conquistar tudo que sonha! Obrigada por ser uma inspiração à todos e parabéns aos pais e aos irmãos por todo suporte!

Com amor,

Tetê

6 comentários em “Pedro Quereza

  1. O Pedro é um menino realmente especial!
    Ele nos ensina a cada dia o que é ter fé!
    E tenho certeza que você também é uma menina abençoada, porque Deus aproxima as pessoas 🙏💖
    Quero ver em breve esse encontro de vocês, de preferência na praia 💙💖🙏
    Beijinhos, da vovó do Pedro!

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